DIÁLOGO DE SEGURANÇA - PERCEPÇÃO DE RISCO PARTE 2/2

PERCEPÇÃO DE RISCO PARTE 2/2

Objetivo: O diálogo de Segurança sobre percepção de risco para trabalhadores tem como objetivo alertar os funcionários para a identificação dos riscos em suas áreas de trabalho. Ele visa desenvolver habilidades de percepção, identificação e avaliação de riscos, fortalecendo o conhecimento do processo de análise preliminar de riscos e permissão de trabalho. 

 • Qual a importância da percepção de risco? - A percepção de risco é essencial tanto no ambiente de trabalho como na vida. É por meio dela que se evita acidentes, estabelece um trabalho seguro, organizado e produtivo. Pode-se dizer que a percepção de risco é imprescindível em qualquer situação. - Muitas mortes teriam sido evitadas se houvesse uma reflexão por alguns instantes sobre a situação e os riscos envolvidos. Você, trabalhador, conheça seu ambiente de trabalho, as tarefas desenvolvidas, os riscos existentes, e aja de maneira segura. 
Por que cinco sentidos da Segurança? Temos 5 sensores de origem: visão, audição, olfato, paladar e tato. Mas como os sentidos humanos auxiliam na missão prevencionista? Ao identificarmos o risco, dentro de nossas competências devemos perguntar, quem é o responsável por isso ou aquilo? Por que ainda não foi resolvido? O que está faltando? Se fizer perguntas objetivas, terá respostas indicativas para soluções. 
- VISÃO: Renove o Olhar. Ele tem uma característica muito importante, e consegue ver bem em linha reta ou harmônica, ou seja, quando você olha em linha reta, se alguma coisa estiver fora do alinhamento ou estética ele sinalizará. Se por alguma razão perceber que há um desalinhamento entre o que você está vendo e o que o ambiente mostra, alguma coisa não está conforme, parece estranho estar ali, PARE E PERGUNTE o porquê? Seu olho indicou, você ainda pode não saber, mas pode ser uma deformidade que pode gerar acidentes. 

- AUDIÇÃO: O ouvido é preparado para identificar sons: estridentes, descompassados, uniformes, repetitivos, harmônicos como o ruído de uma máquina ou suaves como o canto do pássaro. Quando identificamos uma irregularidade no som, ou ritmo, algo intermitente, descompassado, informe, devemos nos perguntar: quem é o responsável pela produção do barulho, operação-máquina, ambiente etc.? Porque aquele som está estranho? Como ele deveria ser ou comportar-se? Questione e logo perceberá os motivos e razões dos porquês, responsáveis e que processo está por traz daquela deformidade que pode estar enraizado em muitos outros setores ou de nossas vidas. Observe, ouça, questione, aja! 

- OLFATO: Capacidade de identificar cheiros, fragrâncias, odores. Temos filtros em nossas narinas, que são os capilares nasais, e o que fazemos com os pelinhos? Cortamos, pois consideramos uma falta de higiene e fora dos padrões estéticos. A famosa “catota” nada mais é que a poeira umedecida. Ao retirar os pelos não há mais essa filtragem natural e o nosso nariz entope causando problemas de saúde. As narinas, a cavidade nasal, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos, os alvéolos e por último, mas não menos importante, o pulmão. São muitos órgãos em nosso sistema respiratório. O cheiro está associado ao sabor. Porém quando alguém fuma ou faz uso de drogas acaba por deformar e reduzir essas capacidades. Um nariz limpo e treinado é grande aliado na prevenção de acidentes. 

- PALADAR: O paladar está associado ao olfato. O ditado popular já diz: “Onde seu nariz recusar não ponha a língua.” Isso significa uma forma de nosso corpo mandar um alerta, pois pode haver ali algum problema de saúde. 
ATENÇÃO! A nossa língua é cheia de inúmeros sensores, chamadas de papilas gustativas. Por essa razão, dentre outras, devemos lavar a língua, limpar os dentes, para assim, além de eliminar as bactérias deixar os sensores da língua livres para que eles possam capitar os sinais e sabores. Quando se toma algo muito quente, fuma ou faz uso de drogas, acabamos por deformar esses receptores, limitando a capacidade de sentimos os sabores. Quando você entra em um ambiente, e verifica alguma deformidade visual, um som fora dos padrões, um odor esquisito, a boca amargando, ou algo incomodando. É sinal que algo está errado naquele local ou região, portanto esses sensores registram, dão o sinal de alerta. Infelizmente às vezes muitas acabam deformando, reduzindo ou anulando esses sensores, com o uso indevido de determinadas substâncias ou falta de equipamentos de proteção individual por exemplo. 

- TATO: Quando questionadas sobre de onde vem, como é percebido ou que órgãos representam o tato, as pessoas respondem em geral: as mãos! De forma errônea, pois o tato está presente em todo o nosso corpo, pois ele é sensível e perceptível. Entra aí mais uma vez a necessidade da higiene pessoal, para dessa forma desobstruirmos os sensores na nossa pele e impedir o acúmulo de gorduras e sujeiras. 

Também devemos envidar todos os esforços para protegê-la, pois determinados produtos podem agredi-la trazendo sérios prejuízo à sua sensibilidade e a saúde física; 
 Os cinco sentidos que tanto nos ajudam, precisam ser cuidados e treinados para perceber condições anormais, que chamamos de condições inseguras, seja no ambiente de trabalho, em nossa casa, na escola, no trânsito etc. Uma vez devidamente aguçados tendo a importância que merecem, eles serão guardiães que fielmente nos darão sinais de alerta preciosos que previnem sobre muitos riscos presentes no ambiente. 
 Os Sentidos humanos aplicados a Segurança do trabalho nos ensinam que eles existem não apenas para nos fazer ver, falar, ouvir ou sentir, mas também para nos orientar, alertar e ensinar que são a segunda via para a vida! https://hotmart.com/pt-br/club/profissionaisdotrabalho


José Eduardo de Deus
Técnico em Segurança do Trabalho
Técnico em Edificações

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